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Review: "G.O.O.D. Music – Cruel Summer" Et82

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Qua Set 19, 2012 8:49 am
Cruel Summer foi um dos discos com mais hype dos últimos tempos.
Era notória a vontade de se ouvir uma das bancas mais influentes do rap game junta. Além do disco ter a mão de Kanye West. E vamos concordar que, ultimamente tudo o que Kanye lança, é bom. Não clássico, ou algo do tipo, mas bom. Seja um verso em uma música, ou um disco com o seu mentor. Mas Kanye vem em decadência lírica, e isso é um fato. Podemos notar isso em faixas como Mercy. “Let the suicide doors up, I threw suicides on the tour bus, I threw suicides on the private jet” Fo’ real Kanye? A rima pode até ter um contexto legal, mas não é o Kanye que estamos acostumados a ver em um disco solo dele por exemplo.

Kanye está mudando liricamente, e eu não sei se isso é realmente bom. Rimas fúteis estão predominando mais do que aquelas sobre si, e coisas do tipo. O disco começa com To The World, com participação de R.Kelly. O cantor e Kanye soltam uma música basicamente falando para ‘mostrar seu dedo do meio para o mundo’. Boa música. Os dois mandam bom versos, o de Kanye se destaca. “And the doors, raise up, like praise the Lord”, Yeezy parece gostar bastante das portas que abrem para cima. O verso de Ye ainda tem uma referência ao filme Baby Boy, com Tyrese Gibson e Ving Rhames. “’Ease up there baby boy’, Ving Rhames told Jody that”. No final, pequenas linhas da Teyana Taylor.

Clique traz Big Sean e Kanye junto a Jay-Z. É claro que o rapper do BK mata a música. Big Sean manda seu melhor verso no disco, e Kanye manda um ótimo verso. Um dos seus melhores no disco. A faixa tem aquela sensação de ser algo como Mercy, uma espécie de hit.

A ótima intro é de James Fauntleroy. Produção de Hit-Boy e Kanye. Jay-Z manda um verso bastante sagaz na música, destaque para a parte: “I’m talking bossy, I ain’t talking Kelis/Your money too short, you can’t be talking to me”, fazendo referência a música Bossy de Kelis, e à Too $hort que colabora na faixa. Mercy consegue manter aquela vibe animada do disco, com uma intro interessante vindo de um sample de Fuzzy Jones, o refrão gruda de uma forma bastante fácil. Com um grave violento, Big Sean, Pusha T, Kanye e 2 Chainz mandam seus versos. Para mim, Pusha mata a música. Seguido por Big Sean e 2 Chainz. O verso de Kanye é ótimo, mas claramente foi ofuscado pela mudança de estilo de beat.

Mudando para algo mais eletro. Isso pelo menos me influenciou. A produção é de Lifted. Aí vem New God Flow, para mim a melhor música do disco. Pusha solta seu flow raivoso famoso pelos tempos de Clipse de forma extraordinária. Com dois versos Pusha se destaca e faz da música com sample de Ghostface Killah ser a melhor do disco. Kanye ainda solta seu melhor verso no disco. Além de na versão final, a faixa contar com um Ghostface Killah afiadíssimo. A produção é de Kanye, e parece ser feita sob-medida para Pusha. Ele que para mim foi a surpresa do álbum, claro que o MC tem uma qualidade inquestionável, mas com a falta de Common, Mos Def, e um Kanye pouco afiado no lírico, ele claramente se destaca. E sobre o verso de Kanye, para mim este é o melhor dele no disco, seu wordplay está impecável, e toca em assuntos bastante interessantes.

The Morning se abre com um D’banj cantando, o cantor nigeriano manda um refrão bastante interessante, se baseando na faixa Get Me to the Church on Time. Raekwon abre com o primeiro verso, um verso incrível por sinal. Acaba por matando a música. Common que aparece infelizmente só nessa faixa, e começa a soltar a temática Illuminati, a qual a música foca. Pusha também toca no assunto, assim como CiHy. 2 Chainz solta 5 linhas, totalmente descartáveis. No final, Kanye faz referência a faixa New God Flow, como se estivesse sampleando uma parte de seu verso em tal música.

Cold vem com somente Kanye rimando, além de Khaled soltando uns gritos no início da música. Kanye manda um refrão maneiro, mas a faixa não passa de ser ‘legal’. Assuntos fúteis, os mais interessante são os que ele cita Kim, Amber, Wiz e algumas outras coisas. Higher traz The Dream, Pusha e mais uma vez voltando da segunda aposentadoria, Ma$e. E Higher é uma faixa muito boa. The Dream é épico na intro da faixa, fazendo jus em ser um grande nome do R&B. Pusha manda um verso razoável, e Ma$e se destaca totalmente. Espero que ele volte de vez para o Rap. A faixa é suave, mas o Pusha e Ma$e se encaixaram muito bem. John Legend, Travis Scott, Teyana Taylor, Cyhi the Prynce e Malik Yusef participam de Sin City. Uma ótima faixa, o verso de Travis Scott é muito bom. CiHy se destaca nessa faixa, mais do que em The Morning em minha opinião. Produção de Tommy Brown e Travis Scott.

The One para mim, só perde para New God Flow. É uma faixa fantástica, a cantora Marsha Ambrosius manda um dos melhores refrãos que eu já ouvi. Ela passa toda uma suavidade, para um refrão até que pesado, falando de armas e tudo mais. Kanye mata a faixa, Big Sean e 2 Chainz são razoáveis. A produção é de Kanye. O interessante, é que só vi a lista de produtores após ouvir o disco, e acabei por gostar muito das faixas que Kanye produz diretamente, New God Flow e The One. Creepers traz um CuDi que também pouco aparece, nela ele faz um belo serviço. Uma das minhas favoritas, gostei muito do flow de CuDi. Produção de Dan Black. Bliss tem uma intro incrível, e um verso muito bom de Teyana Taylor. Ela e John Legend parecem ter uma certa química, já explorada em Sin City. O disco é finalizado com o remix de I Don’t Like de Chief Keef. Provalmente a faixa é mais conhecida que a original. É estranho ver Kanye rimando numa beat mais estilo ‘trap’. Pusha adiciona algumas linhas no seu verso na versão final. Para mim Big Sean e Jadakiss são descartáveis na faixa. Com todo respeito ao Jada, é claro.

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Qua Out 03, 2012 8:24 am
Grande trabalho Kaizer!
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